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MP do Ceará abre investigação sobre causas de incêndio na Chapada do Araripe

Foto: MPCE

Na quarta-feira (30), o Ministério Público do Estado do Ceará, por meio da 6ª Promotoria de Justiça de Crato, abriu um procedimento administrativo para investigar o incêndio que atingiu uma vasta área da Chapada do Araripe desde a terça-feira (29). Segundo estimativas preliminares, as chamas devastaram uma área equivalente a 140 campos de futebol. Com isso, o MP determinou que a Polícia Civil inicie um inquérito para apurar indícios de crime ambiental.

O órgão também deu prazo de dez dias ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para fornecer um relatório com a extensão total dos danos. No mesmo período, o Corpo de Bombeiros e a Brigada de Incêndio de Crato devem enviar ao Ministério Público informações sobre as medidas tomadas para o combate às chamas.

Ainda na terça-feira, o MP já havia promovido uma reunião entre equipes do Corpo de Bombeiros e da Brigada de Incêndio, na sede das Promotorias de Justiça de Crato, visando intensificar a atuação conjunta contra focos de incêndio na região. De acordo com o promotor Thiago Marques, as queimadas aumentam especialmente no segundo semestre, agravadas pelo clima seco, colocando em risco áreas protegidas, como a Chapada do Araripe, onde, segundo ele, ocorrem frequentes casos de fogo para fins de desmatamento.

Desde janeiro, o MP vem monitorando a atuação dos órgãos responsáveis pelo controle de queimadas, destacando a exigência de autorização ambiental para o uso do fogo ou supressão de vegetação nativa, conforme a Lei nº 12.651/2012. A prática de desmatamento fora das condições legais pode resultar em penalidades legais, com implicações cíveis e administrativas, conforme frisou o MP.

Canais para denúncias

O Ministério Público orienta a população a formalizar denúncias sobre queimadas e desmatamento diretamente na 6ª Promotoria de Justiça de Crato, localizada na Av. Perimetral Dom Francisco, 1030, bairro São Miguel, das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. Os cidadãos também podem denunciar pelo e-mail 6prom.crato@mpce.mp.br ou pelo WhatsApp (85) 98563-2880.

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